quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Eli.

Olá, meu nome é E. de O., meus pais se chamam A. e L.. Nasci no dia 03/04/1991, na cidade de Guaporé, onde vivi até os 7 anos de idade.
Minha infância não foi muito fácil, pois eu era doente, sofria de bronquite asmática, quando me dava as crises de asma minha mãe me levava para o hospital quase morta, a maioria das vezes acontecia quando eu estava na creche.
Meu pai não era muito presente, pois trabalhava nas redes de luz, então ele quase nunca estava em casa, ficávamos com a minha mãe (eu e meu irmão).
Quando meu pai vinha para casa para mim era uma alegria, ele saía comigo, meu pai era uma pessoa muito legal, quando não bebia bebida alcoólica, mas quando isso acontecia, e era quase sempre, ele brigava com a minha mãe, queria bater nela, então ela tinha que sair de casa com nós dois, íamos para a casa dos vizinhos. Eu sofria muito, pois via tudo e não podia ajudá-la.
Meus avós maternos moravam em Santa Catarina, minha avó estava muito doente e queria ver a minha mãe e seus netos, pois ela não nos conhecia. Então minha mãe teve a idéia juntamente com meu pai de nós todos irmos morar lá perto dos meus avós, para mim foi muito legal trocar de cidade, novas amizades, para minha mãe também, pois ela pensava que indo morar perto da casa dos pais dela meu pai iria mudar com ela e tudo iria melhorar.
Mas minha mãe estava enganada, em 6 meses meu pai deu um golpe no meu tio e fugiu com o dinheiro, meu irmão não aceitava a separação dos dois, ficou muito revoltado, não obedecia então meu pai voltou para buscá-lo, fiquei muito arrasada, pois além de ficar sem meu pai, perdi meu irmão também.
Não foi fácil mas consegui superar tudo junto com a minha mãe. Depois de algum tempo ela resolveu se juntar com outra pessoa, não foi fácil para mim aceitar outra pessoa no lugar do meu pai , mas ele até que era legal comigo.
O tempo passou, eu tinha 9 anos de idade quando minha mãe engravidou, eu achei o máximo ter uma irmãzinha mais nova. A primeira coisa que ela aprendeu a falar foi tatá, é assim que ela me chama até hoje.
Fiquei 11 anos longe do meu irmão, até que um certo dia ele ligou para mim dizendo que estava vindo nos visitar, foi uma imensa surpresa, foi uma das melhores coisas que tinha acontecido para mim naquele ano.
Quando completei 18 anos tomei uma séria decisão, mudar de cidade e tentar uma vida diferente, uma vida independente, minha mãe não gostou muito da idéia, mas ela apoiaria qualquer decisão minha, desde que fosse para o meu bem.

Nenhum comentário: